Pela primeira vez vou comentar aqui que eu participo de um clube de literatura em português na Holanda. Nesse clube, formado por mulheres maravilhosas e enlouquecidas por livros, emprestamos mutuamente livros além de compartilharmos nossas experiências sobre títulos e autores. O clube se chama Entre Mulheres e Letras e possui um blog:
No meu primeiro encontro peguei emprestado um best seller que eu estava curiosa para ler faz um tempo. Comer, Orar e Amar é o título e a autora chama-se Elizabeth Gilbert. Trata-se de uma empreitada da escritora em busca de si própria em 3 países distintos, Itália, Índia e Indonésia. Eu gostei do livro principalmente pelo fato dela apresentar os conflitos que acredito a maioria dos ocidentais, ainda mais os que seguem o american way of life, vivem quando decidem ir em busca de seu lado espiritual. Acho que o caminho traçado por Gilbert foi muito acertado, procurando incialmente cuidar de uma alma machucada por meio de um prazer mundano como comer, para depois se entregar em uma busca mais aprofundada de seu self.
No entanto, dentre várias informações bacanas que pode-se tirar desse livro eu fiquei com duas em particular, a primeira é sobre a irmã dela ter aprendido a nadar sozinha por meio de um livro chamado: Como aprender a nadar. Minha gente, esse é o ápice do auto-didatismo, aprender a nadar lendo um livro é algo fabuloso...creio que nem o Julio (meu marido), que é um auto-didata de alta categoria conseguiria aprender a nadar sozinho se utilizando apenas de um livro.
A segunda foi a conversa que ela teve com um taxista na Itália, onde ele diz que as cidades assim como as pessoas podem ser definidas por uma palavra, e a autora passa parte do livro tentando descobrir qual seria a sua palavra. Obviamente eu fiquei com isso na cabeça, mas para mim a resposta veio simples, direta e imediatamente.
A minha palavra é Equilíbrio!
Já implícia no meu signo solar (Libra) essa palavra determina todas as minhas opiniões e diretrizes. Praticamente sempre me vejo tentando aplicar o famoso ditado: "Nem tanto ao céu, nem tanto à terra". Não acredito em pensamentos e nem ações extremistas, e apesar de possuir uma postura e discurso por muitas vezes conclusivo e forte, para o observador atento fica claro a flexibilidade de minhas idéias.
Junto à palavra equílibrio segue sempre a palavra conciliação, para se encontrar o centro da balança é necessário conciliar os vários aspectos da vida. Não que eu seja sempre bem sucessida em aplicar as duas palavras na minha rotina, mas certamente são elas que me guiam e é em busca delas que me esforço diariamente em aprimorar minha forma de viver. Ter isso claro para si próprio, facilita muito a razão pela qual e para qual você faz suas escolhas e certamente auxilia a melhorar as qualidades delas.
Deixo aqui para vocês a mesma dica que a autora deixa sub-entendida no livro, procure a sua palavra e a utilize para compreender melhor qual o caminho que desejas seguir.